O ex-chanceler Luis Gilberto Murillo abordou a "crise diplomática" com os Estados Unidos: "Faço um apelo".

O ex-chanceler e candidato à presidência Luis Gilberto Murillo se pronunciou na noite de quinta-feira, 3 de julho, sobre a "crise diplomática" que, segundo ele, a Colômbia vive atualmente com os Estados Unidos.

Por meio de sua conta X (antigo Twitter), Murillo alertou que "esta é uma das crises diplomáticas mais delicadas que a Colômbia enfrentou nos últimos anos" e ressaltou a necessidade de que ela seja "abordada com dignidade e responsabilidade".

O ex-funcionário reconheceu que esse tipo de tensão pode surgir entre governos, mas enfatizou que "a capacidade de manter canais diplomáticos abertos e um diálogo contínuo, eficaz e discreto nunca deve ser perdida".

Luis Gilberto Murillo afirmou que convocar embaixadores para consultas é uma "ferramenta legítima da diplomacia", mas alertou que seu uso exige "uma visão de Estado e evitar reações impulsivas".

Ele também expressou sua discordância com a forma como o governo tem conduzido os recentes episódios de tensão com os Estados Unidos, afirmando: "Não concordo com a forma como essas situações têm sido conduzidas", enfatizando que a política externa não deve se tornar um "campo de batalha", principalmente em se tratando de uma relação bilateral "tão estratégica, com impacto regional e global".

O candidato presidencial pediu uma transformação da situação diplomática entre os dois países, a fim de estabelecer uma oportunidade de fortalecer a comunicação direta entre a Colômbia e os Estados Unidos.

Portanto, segundo Murillo, a Colômbia deve se concentrar em resolver suas diferenças em âmbitos formais, com discrição e prudência , alertando que "os custos de uma ruptura ou falta de coordenação sustentada seriam enormes, especialmente em áreas-chave como cooperação em segurança, justiça, migração, economia e comércio".

O ex-chanceler defendeu o direito da Colômbia de manter "uma política externa independente e ativa", mas enfatizou que esta deve ser baseada em "rigor técnico, prudência e coerência estratégica".

"Não podemos permitir que as tensões diplomáticas aumentem a ponto de afetar a vida cotidiana de milhões de colombianos em ambos os países, que dependem de um relacionamento que transcende governos, estados e seus ciclos políticos", acrescentou.

Por fim, Murillo pediu ações sensatas diante da crise: "O momento exige cabeça fria".

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